sexta-feira, 25 de março de 2011

INOVAR

"Inovar" na didática e metodologia do ensino é algo que sempre se fez. Ao longo da história, muito já se inovou: inserção de gravuras nos livros, mimeógrafo, xerox, retroprojetor, vídeos, cds, informática, etc. Tudo foi criado para auxiliar e inovar as metodologias. Porém o desafio da verdadeira inovação consiste na forma como o professor vai  conduzir o trabalho. De nada servirá o uso da tecnologia se ela não for aliada a construção da criticidade, da reflexão, do pensamento, da descoberta, do conhecimento nos educandos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A Educação Frente as Novas Tecnologias

As escolas deveriam fazer uso da tecnologia e incorporá-la em seu trabalho, não se tratando de preencher as salas de computadores, mas de aproveitar que seus alunos estão “online” e obter ganhos pedagógicos. O mundo evoluiu, a tecnologia está cada vez mais avançada, os estudantes estão imersos na era da Web (e-mails, chats, blogs, sites de relacionamento). E as escolas? Quais as metodologias adotadas dentro desse contexto? 

domingo, 20 de março de 2011

Profes do Século XXI: A Metodologia de Ensino e as Tecnologias

A Metodologia de ensino a ser adotada para a construção do conhecimento não deve mais ser a tradicional relação de "professor ensina e aluno aprende", mas deve abranger um ambiente de troca de ideias com todos os colegas da turma, oportunizando que cada um escolha um tema de seu interesse e conheça as mais variadas opiniões sobre ele. Dentro deste ambiente de troca de ideias, devem ocorrer constantes questionamentos baseados em leituras científicas, ou seja,  o professor deve levar o aluno a pesquisar sobre o tema escolhido, criar reflexões e socializá-las com os demais para que, a partir disso, o aluno possa construir o seu conhecimento sobre o tema escolhido.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Artigo

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD

Município: Lajeado
Estado: Rio Grande do Sul
Turma: 500
Pólo: Mauá/Lajeado
Tutor(a): Karem Erbes
Semestre/Ano: A/2010


O ENSINO DAS ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL[1]
Marcela Ulsenheimer
                                                                                                       Regiane Pretto       



























RESUMO
           
Este trabalho tem por objetivo enaltecer a importância do ensino da Arte Visual na Educação Infantil. Muitas vezes, a Arte é compreendida apenas como atividade e não como disciplina, sendo resumida a desenhos, pintura e outras técnicas aplicadas de forma superficial, ocupando lugar de conteúdos e objetivos que poderiam enriquecer a aprendizagem das crianças.
A arte proporciona um desenvolvimento cultural amplo, possibilitando o pensamento artístico, criativo, inventivo, crítico e sensitivo. Apresentaremos duas formas de se trabalhar a Arte em sala de aula, através dos Projetos de Trabalho e das Oficinas de Artes que aproximam o aluno de toda a escola e se vinculam à pesquisa e à construção do verdadeiro conhecimento em Artes.

Palavras - Chave: Arte. Conhecimento. Pesquisa. Criatividade.


INTRODUÇÃO

            O estudo em Artes na Educação Infantil nos levou a perceber que esta não é compreendida como disciplina. Sentimos a necessidade de reforçar que a Arte é muito mais que uma técnica de trabalho, e sim, uma disciplina curricular, pois como prevê a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
            Um dos motivos que apresentam o ensino da Arte de forma distorcida nas escolas é a falta de reconhecimento da importância desta disciplina dentro do currículo escolar. Esta passou a ser valorizada recentemente e muitos professores não têm a dimensão exata dos conteúdos que ela abrange, e acabam deixando que as crianças desenhem apenas por desenhar.
            Sabemos que atividades de recorte, colagem, pintura e desenho são muito importantes na educação infantil e fundamentais para aprendizagens futuras. Mas somente estas não podem dar conta do universo cultural que a Arte proporciona.
            Desta forma, destacaremos o que é Arte na educação infantil, procurando entendê-la em seu sentido mais profundo. Apontaremos também alguns caminhos que podem levar ao ensino da Arte de modo a contemplar o real objetivo desta disciplina.

O QUE É ARTE?

A Arte está presente em toda a história da humanidade, nas diferentes culturas, caracterizando-se pela música, dança, teatro, escultura, estando presente nas formas e cores de obras, na poesia e no folclore.
 A Arte é um processo amplo de aprendizagem, de conhecimento, de pesquisa que vai além de um simples fazer artístico. Arte é experimentação, é verificação, é observação, é emoção, é a relação com o mundo e a sua compreensão.
Segundo Argan (1996),

 “A arte sempre se fez necessária ao homem, pois à medida que ele vai organizando o mundo à sua volta acaba por dar sentido para a vida. Por meio das percepções e interpretações, o que lhe é externo passa a ser mapeado no sistema mental, interno. Neste processo a arte é entendida como linguagem, produto da relação do homem com o mundo”.

            É por este motivo que ela se torna tão essencial na educação. Ela tem a oferecer um leque de atividades a serem desenvolvidas, desde produções artísticas, até o estudo de obras, de épocas, de artistas e de materiais diversos, relacionando-a com a realidade e o mundo das crianças.
Houve um tempo em que a Arte teve seu lugar de destaque no ensino. Mas devido às transformações sociais, a Arte “adquiriu uma conotação de luxo, estando ao alcance somente de uma elite privilegiada”. (Martins, 1998). Desta forma, foi se perdendo a dimensão do ensino de Arte para todos. Apesar de estar amparado por lei, desde 1996, ainda é recente o resgate da valorização do ensino da Arte nas escolas.
            Para tanto, é muito importante contribuirmos de forma efetiva neste resgate, atribuindo a ela o mesmo valor das demais disciplinas.

“A disciplina de Artes possibilita também uma compreensão mais significativa das questões sociais. Portanto, o professor como mediador entre os conteúdos de Artes e o aluno, promove um encontro significativo. O conhecimento em Artes possibilita ao aluno reconhecer as diversidades, construir uma autoimagem positiva, a se integrar com o grupo, pois a maioria das propostas artísticas é desenvolvida em grupos, proporcionando, desta forma, a construção da autonomia”. (CAVA, 2009).

            Esclarecida a finalidade dos estudos na disciplina de Arte, não podemos deixar que ela se resuma à execução de técnicas soltas e sem sentido. O professor precisa trabalhar todos os conteúdos que ela abrange para tornar a aprendizagem das crianças muito mais rica e prazerosa.
            Como poderemos, explorar a cultura, ensinar a “ler” imagens, desenvolver a observação, estudar artistas e suas obras, fazer releituras, etc; se apenas desenhamos, colorimos e pintamos?
            Precisamos ir muito além, precisamos de profissionais preparados, pesquisadores, estudiosos, que busquem o verdadeiro sentido da disciplina de artes ao trabalhar em sala de aula. 

CAMINHOS PARA O ESTUDO DA ARTE

A Metodologia de Projeto é uma concepção que permite trabalhar a partir de pesquisa. Trata-se de atividades práticas em torno de um tema que pode surgir das crianças ou ser apresentado pelo professor, cujos conhecimentos são construídos pela própria turma. Hernandez (2000) afirma que “nem tudo pode ser ensinado mediante projetos, mas tudo pode se ensinar com um projeto”.
Um projeto de trabalho em Artes pode promover situações de aprendizagem que levam à observação, à produção, ao desenvolvimento da criatividade, à ampliação da cultura, através da leitura de imagens e de diferentes linguagens, estilos e gêneros artísticos.
Para tanto, professor e aluno buscarão conhecer diferentes artistas, suas obras, o que eles pretendiam com elas, o período artístico a que pertenceram e as técnicas utilizadas. Juntos irão observar e discutir as soluções encontradas para instrumentalizar os trabalhos.
Um projeto requer um bom planejamento por parte do professor. “As propostas devem dar espaço ao fazer artístico criador que, por sua natureza, exige liberdade e decisão para que a criança construa seu percurso individual”. (Cavalcanti, 1995).
Para que se possa realizar um bom planejamento o professor necessita se dedicar ao conhecimento artístico, não apenas estudando e pesquisando nos livros, mas visitando mostras e museus, conhecendo os produtores existentes na comunidade em que vive e oferecendo às crianças uma vasta gama de informações e possibilidades de produção em Arte.
É importante que o professor, ao desenvolver um projeto, considere os conhecimentos prévios dos alunos. Ele deve verificar qual o conhecimento que a criança possui em relação ao tema estudado, para que possa auxiliá-la nas atividades, norteando os seus caminhos.
As oficinas de Artes são atividades cujo foco está na escolha do que cada um quer produzir. Nela, os alunos compartilham o espaço, materiais e ideias, no entanto, produzem trabalhos diferentes, favorecendo o seu desenvolvimento individual. O fato de cada aluno estar envolvido em seus trabalhos não impede que ocorra a troca de ideias e sugestões entre eles.
Segundo CAVALCANTI (1995), o objetivo central das disciplinas de artes plásticas é criar condições, oferecendo instrumental e informações para que o aluno possa desenvolver um percurso próprio, enquanto produtor de Arte.
As Oficinas de Arte possibilitam um fazer artístico criador de forma livre, em que os alunos têm acesso a uma multiplicidade de materiais plásticos e podem decidir o que e como realizar os seus trabalhos.
Através das oficinas, os alunos ficarão familiarizados com uma larga faixa de materiais, ferramentas, equipamentos e técnicas. Estudarão sobre tradições e artesãos, materiais e atitudes de artistas em seus trabalhos.
Ao trabalhar na oficina, o aluno passa por dois momentos: o primeiro é mais centralizado pelo professor e se trata da apresentação e apreciação das obras. É um momento de instrução.
O segundo momento é o do fazer, onde o aluno trabalha na construção de um percurso criativo próprio.

CONCLUSÃO

O trabalho de pesquisa teve como tema a valorização do ensino da Arte na educação infantil. Esta escolha se deu pelas observações e constatações feitas durante os estágios realizados, as quais foram despertadas pelo estudo da disciplina neste curso de pedagogia, que nos fez enxergar a necessidade de compreender a arte como disciplina curricular obrigatória, prevista na LDB de 1996, e como tal ser reconhecida e respeitada.
            Percebeu-se que ainda há uma postura conformista por parte de alguns professores, que aplicam a arte como técnica de trabalho ou como conteúdo, de forma isolada ou estanque. Esta não é uma crítica, e sim fruto de uma cultura engessada de que outras disciplinas eram mais importantes.
            Quebrar alguns paradigmas nem sempre é fácil, porém não é impossível. O professor não precisa ser graduado no ensino da arte e nem seus alunos serem elitizados, basta que tenha predisposição para ousar, ir além de preceitos estabelecidos, pesquisar e construir junto aos seus alunos, o conhecimento que se deseja ou lhe desperta interesse.
            A arte na educação infantil é muito importante, pois a faixa etária em que as crianças se encontram está muito ligada ao lúdico, a imaginação, a espontaneidade, a curiosidade e a ousadia, que são relevantes para se atribuir significados e resignificar, mediante o que lhe é proporcionado.
            A arte está muito mais ligada à história da sociedade a qual muitas vezes, não nos permitimos perceber. Arte “é sempre produto de uma cultura e de um determinado período histórico. Nela se expressam os sentimentos de um povo com relação ás questões humanas, como são interpretadas e vividas em seu ambiente e sua época. Através da arte temos acesso a essa dimensão da vida cultural não explicitamente formulada, mas demais construções racionais”. (Duarte Jr. 1981, p.14).
             A escola é por “excelência” o “espaço” e o “tempo” de aprender, mas não é a única responsável, é um dos segmentos da sociedade.
            É importante que se tenha o cuidado de não direcionar os trabalhos com o intuito de transformar as crianças em artistas e capazes de reproduzir réplicas. O estudo da arte no período escolar é para seu conhecimento e desenvolvimento integral. Toda a produção artística da criança é seu modo de expressar-se, portanto deve haver um cuidado quanto à interferência do professor.
            As habilidades e os talentos das crianças são ao mais diversos e em várias áreas do conhecimento. As crianças são um todo complexo e único e como tal têm que ser respeitadas sempre.
BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI, Zélia.  Arte na Sala de Aula. Porto Alegre: Artmed, 1995.

CAVA, Laura Célia Cabral. O Ensino das Artes nos Anos Iniciais. São Paulo, 2009.

IAVELBERG, Rosa. O Desenho Cultivado da Criança. Prática e Formação de Professores. Porto Alegre: Zouk, 2006.

MARTINS, Miriam Celeste. Didática do Ensino da Arte. Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

SCHLICHTA, Consuelo Alcioni Borba Duarte; TAVARES, Isis Moura. Artes Visuais e Música. Curitiba: Iesde Brasil, 2006.




[1] Artigo apresentado na Disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura - EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.

Grupo: Professores do Século XXI:
Lembrem-se:
Você pode ser
o máximo,maravilhoso, lindo,
espetacular...ou Pode ser
puro orgulho!
Depende de Mim, de você!
 Seja  o que for, mas seja com OLHAR NOVO!!!