segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Explorando a terra!



O que tem embaixo da terra?
Fomos para o pátio cavar a terra para ver o que encontramos. Muito surpresos ficamos...pedras, raízes, minhocas, ossos e até lixo encontramos.
Observamos imagens no livro “Meu Primeiro Larousse das Descobertas” e vimos o que mais tem embaixo da terra: formigas, raposas, toupeiras.
Concluímos que certas coisas nós não enxergamos, pois ficam embaixo da terra. Só vemos aquilo que fica por cima: gramas, árvores, plantas, casas, etc.
Registramos aquilo que fica embaixo da terra e em cima da terra. 


Vimos que alguns alimentos também ficam embaixo da terra: cenoura, rabanete, aipim, batata, beterraba. Fomos até a horta da escola verificar. A tia da cozinha havia semeado alguns destes alimentos e combinamos de observar o seu crescimento até o dia da colheita destes. Que alegria foi arrancá-los da terra!
 Também ouvimos a história “O Grande Rabanete”, dramatizando-a e colhendo rabanetes da horta. 1162, 1155

Plantamos um pé de feijão, colocando algumas sementes num copo plástico com terra. Analisamos o processo de germinação e registramos.


Informações e curiosidades sobre minhocas: construímos um minhocário para observar as galerias subterrâneas que servem de oxigenação das raízes das plantas. 


Certos animais deixam pegadas na terra. Confeccionamos o jogo “Bate-Bate das pegadas”, que consiste em pegar com o bate-bate a maior quantidade de letras. A professora mostra uma letra e quem encontrá-la primeiro, bate sobre ela, podendo ficar com ela. É bem divertido, mas é preciso ser rápido!


E como será que fica a nossa pegada? Colocamos o pé no barro e pisamos numa folha para deixar uma pegada... 




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vulcões


O que são vulcões?
Observamos imagens de diversos vulcões, concluindo que onde ocorrem, deixam rastros de destruição.


Vulcão de argila: montamos um grande, no grupo, fazendo-o entrar em erupção. Depois cada um modelou o seu, em tamanho menor para levar para casa, juntamente com a receita e ingredientes necessários para explodi-lo. 


No Brasil, não há vulcões, mas há outras formas de destruição. Observamos gravuras de revistas que as crianças trouxeram (solicitadas anteriormente), que retratam coisas ruins que ocorrem em nosso país. Discutimos cada uma delas, colando-as num painel para expor na sala. Concluímos que são atitudes ruins e que nos deixam tristes, por isso adicionamos ao painel, a “carinha triste”. 


Mas o que queremos são rostos felizes, acontecimentos bons, boas atitudes, a amizade, o amor e a paz, para que as “coisas ruins do nosso país” não aconteçam mais. Igualmente, fizemos um painel com imagens que retratam coisas boas, adicionando a “carinha feliz”.


Ouvimos a história “UM MUNDINHO DE BOAS ATITUDES”, de Ingrid Biesemayer Bellinghausen, em que aprendemos como ter boas atitudes na convivência com os amigos, na escola, em casa, com os pais e na sociedade. Lembramos assim, que agradecer, pedir por favor, pedir licença e pedir desculpas são boas atitudes e que nos deixam mais felizes.

Roda de Conversa: o que me deixa feliz? O que me deixa triste? Registramos, através de um desenho, as falas das crianças e expomos no corredor da escola.  

Mural das boas atitudes: as crianças colocam no final do dia, uma carinha ao lado de sua fotografia. Se tiveram boas atitudes, colocam uma carinha feliz. Se tiveram alguma atitude incorreta, como machucar um colega, não emprestar brinquedos, desobedecer a professora, colocam a carinha triste. As crianças são questionadas sobre como foi o seu dia na escola e elas mesma selecionam a carinha que deverão colocar no mural, conforme suas atitudes.




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DESAFIOS COM COLEÇÕES

Neste ano de 2011, estou desenvolvendo com minha turma, nível 3, (4 e 5 anos) o projeto “Um Mundo de Desafios” e a atividade desencadeadora foi a História “O Homem que amava Caixas”, de Stephen King. Através dela, exploramos diversos temas como o Amor, a Família, o Relacionamento Pai e Filho, caixas, brinquedos e objetos que as crianças costumam colecionar.
Nas primeiras atividades representamos as formas de demonstrar o amor, conversando bastante sobre atitudes boas e ruins, comportamento, obediência, amizade e bem estar. Registramos todas as conclusões que surgiram e colocamos nos corações do amor, lembrando que assim vamos demonstrar o amor com os colegas, com os nossos pais, na família e também na natureza:
“Precisa jogá o lixo no lixo pra salvá o planeta” (O. R. 4 anos)

Outras atividades foram desenvolvidas:
·        Nome do meu pai – comparar as letras do nome do pai com as do meu nome;
·        Bingo do Nome do Pai;
·        Quais as brincadeiras que eu realizo com o meu pai? desenho: COM QUEM EU BRINCO? DE QUÊ?
·        A paixão do pai era o filho e a coleção de caixas: Qual é a minha paixão? Trazer um objeto de casa.

Passamos a colecionar caixas de diversos tamanhos e com elas cada um montou o seu brinquedo: casa, prédio, avião, nave, pistas, que são utilizados nos momentos de brincadeira livre.  Também montamos outros objetos com elas, levando-nos à diversão!


Em seguida, as atividades do projeto envolveram coleções de brinquedos, explorando diversas áreas do conhecimento, como a linguagem oral e escrita, a matemática, a música e a arte visual.
Atividades com coleções de bonecas:
 - Curiosidades sobre como eram as primeiras bonecas. (madeira, porcelana e pano).
- Classificação de Seriação de bonecas.


- Tema de Casa: as mães descrevem como brincavam na infância.
- Atividade de recorte: recortar os bonecos e colar na ordem do maior para o menor.
- Fazer a “escadinha” da nossa turma, ordenando os colegas por sua altura.


- Confeccionar roupinhas e brincar de colocar nas bonecas, seriando as de inverno e verão.
- Curiosidades sobre as Bailarinas.
- Vídeo e música “Ciranda da Bailarina” de Adriana Calcanhoto
- Observar as rimas da música.
- Poema: “A Bailarina” de Cecília Meireles
-Criar versos a partir do poema, perguntando às crianças o que elas querem ser quando crescer.
- O que Rima com meu nome? Fazer painel com imagens que rimam com o nome de cada um).

- Jogo de Memória das Rimas.

Livro de poesia: “E um rinoceronte dobrado”, ler os versos e desenhar: o que você colocaria em sua caixa de sapatos?

                     

Atividades com coleções de carrinhos:
- Curiosidades sobre os carrinhos: o primeiro que surgiu foi o carrinho de rolimã...
- Brincar com um carro de rolimã no jardim da escola.
- Jogo de Trilha de letras: andar a quantidade de casas tirada no dado com os carrinhos.
- Atividade de colagem: colar a quantidade de carrinhos que correspondem a cada número.
Tema de casa: Os pais relatam como brincavam com carrinhos na sua infância.
- Vivenciar estas brincadeiras com as crianças: pistas na areia e escorregar em folha de coqueiro.

                                                     CARRO DE LOMBA                                                                          
FOLHA DE COQUEIRO
TRILHA DE LETRAS
Para finalizar o projeto, realizamos uma visita à Brinquedoteca da Univates, onde oportunizamos mais uma tarde de brincadeiras e diversão!



terça-feira, 5 de abril de 2011

Conviver com as Diferenças

Projeto: Conviver com as Diferenças

Professor Responsável: Marcela Ulsenheimer
Turma: Nível 3


JUSTIFICATIVA
Este projeto tem por justificativa a importância e a necessidade de aprendermos a conviver com as diferenças existentes em nosso meio. Na sociedade da inclusão, cada vez mais convivemos com pessoas diferentes de nós. Não apenas no que tange às deficiências físicas e mentais, mas também nas diferenças de classe, de cor, de religião, de cultura, e até nas formas de ver, vestir, falar, ser.
Cada um possui um “jeito próprio” e isto deve ser respeitado. Temos gostos e estilos diferentes, temos preferências e opiniões diferentes, o que nos leva a ser diferentes uns dos outros.
“O grande ganho é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos”. (MANTOAN, 2005).
Buscaremos compreender que não devemos discriminizar ninguém, aprendendo a conviver com as diferenças existentes em nossa turma e na nossa realidade, respeitando-as.

OBJETIVOS
·        Aprender a conviver com as diferenças existentes em nossa turma, a fim de promover a integração das crianças e fortalecer a amizade.
·        Superar preconceitos existentes entre os diferentes modos de ser, vestir, brincar, comer, desenhar, evitando a discriminação.
·        Observar as semelhanças e diferenças existentes em cada um de nós para perceber que ninguém é igual a ninguém e que cada um possui um jeito próprio de ser.
·        Perceber as diferenças existentes em cada um de nós quanto à altura, cor dos cabelos, da pele, dos olhos aprendendo a conviver com as diferenças.
·        Discutir aspectos relacionados à individualidade de cada um, do seu jeito de ser, passando a respeitar os colegas em suas preferências.
·         Analisar as diferenças existentes no mundo: mais ricos, mais pobres, brancos, negros, portadores de necessidades especiais, aprendendo a respeitá-los.
·        Conhecer diferentes culturas e suas características principais, ampliando nossos conhecimentos sobre o mundo que nos cerca, para aprender a respeitar as diferenças.
·        Tratar a todos da mesma forma, sem preconceitos.
·        Saber contar e identificar a grafia dos números até 10 (dez), ao vê-los em jogos e brincadeiras.
·        Relacionar os números com as quantidades correspondentes na manipulação dos objetos e brinquedos.
·        Identificar as formas geométricas, reconhecendo os contornos das formas no dia a dia.
·        Comparar grandezas e medidas para saber qual é a maior, menor e mediana ao organizar objetos por tamanho.
·        Reconhecer as letras do alfabeto ao vê-las, sendo capaz de nomeá-las.
·        Identificar a escrita do seu nome, reconhecendo a letra inicial e final.


METODOLOGIA
            As atividades serão realizadas através de análises, observações e discussões sobre o assunto. Serão trabalhadas as diferenças existentes em nós, como altura, cor, tamanho e preferências de cada um.
Também serão contadas histórias que farão refletir sobre as diferenças existentes em nosso meio, assim como a observação de obras de artes, passeios e visitas, alcançando os objetivos do projeto.

HISTÓRIAS
- Ninguém é igual a ninguém
- Apelido não cola
- A história do quadradinho
- Um Mundinho para todos

PRINCIPAIS ATIVIDADES
A turma do nível 3 realizou diversas atividades no projeto Conviver com as Diferenças. O maior objetivo dos nossos trabalhos foi conhecer milhares de diferenças existentes no mundo e aprender a respeitá-las.
A primeira coisa que fizemos, foi observar as semelhanças existentes entre nós... Concluímos que todos temos uma cabeça, duas mãos, duas pernas, olhos, boca, nariz. E então montamos um boneco com recortes das partes do nosso corpo.
Depois vimos que apesar do nosso corpo ser semelhante, temos algumas diferenças na cor dos olhos, dos cabelos, no tamanho do pé e na altura. Verificamos o número que cada um calça e desenhamos o nosso pé, colocando-o sobre uma folha enquanto que a professora fez o seu contorno. Assim percebemos que nem todos calçam o mesmo número. Fizemos o gráfico do tamanho do pé.
Também medimos a nossa altura, observando que até nisso somos diferentes. Colocamos uma fita métrica ilustrada na sala e cada um colou seu nome na medida da sua altura. Em seguida conversamos sobre quem está mais alto, mais baixo e quem está na mesma altura.
Durante estas atividades, enfatizamos que ninguém é igual a ninguém e que as diferenças de cada um devem ser respeitadas.

 


Conversamos sobre os gostos de cada um em relação ao que mais gostam de fazer, brincar, vestir...Registramos com desenhos as preferências de cada um.
Vimos o quanto somos diferentes.



Vimos que as diferenças estão presentes em todas as pessoas, como na obra “Operários” da Tarsila do Amaral.
Realizamos uma releitura da obra com os “nossos rostos”, afinal, ninguém é igual a ninguém.

“A História do Quadradinho” nos ajudou a entender um pouco melhor essa questão das diferenças. Vimos como podemos lidar com elas, através do livro que confeccionamos e que os pais nos ajudaram a criar um final para a história.
A visita que realizamos à turma de Deficientes Visuais também foi bastante significativa.
Aprendemos como os cegos brincam... Como leem e escrevem... Como realizam atividades de pintura, e até conhecemos o alfabeto braile.
Isso nos desafiou a pintar, brincar, escrever como eles, experimentando realizar estas atividades com os olhos vendados. Brincamos de adivinhar qual é a letra, sentindo-a nas mãos, de pintar desenhos com tinta em alto relevo, tocando as figuras com os dedos e de colocar a mão no saco e adivinhar o objeto que está dentro dele.
Conhecemos também outras formas de pintar que algumas pessoas utilizam, que são os pintores com os pés e a boca, observando suas obras de arte no computador. Experimentamos como é pintar sem utilizar as mãos.
Ouvimos a história “Mãos de Vento, Olhos de dentro” de Lô Galasso, em que o menino Tico encontra uma nova amiga, Lia e juntos realizam algumas aventuras.
Uma delas era brincar de observar as figuras que as nuvens formavam. Isto nós fizemos também. Depois registramos as figuras que vimos no céu, reproduzindo-as com algodão.

Mas o que Tico não sabia era que Lia era cega, o que o deixou muito triste ao descobrir. Ele ficou sem saber o que fazer.
Será que ele continuou sendo amigo de Lia?
É claro que sim! A amizade aumentou ainda mais. E uma nova brincadeira surgiu: Tico modelou diversos bichinhos para Lia tocar e adivinhar. Experimentamos essa brincadeira também. Enquanto que os colegas modelavam diversos objetos, outro permanecia de olhos vendados e depois tentava adivinhar, através do toque, o que o colega modelou.
            Quando Tico cresceu, virou escultor. E Lia, poeta. Mas o que faz o poeta? Ele cria poesias e versos. Passamos a ouvir alguns versos e descobrimos que algumas palavras rimam. Procuramos rimas para nossos nomes, o que achamos muito engraçado. Expomos num painel da sala uma ficha com o nome e ao lado uma gravura de um objeto que rima com o nome de cada um. Ex.:
                                          SANDÁLIA – AMÁLIA
                                                ANEL – MIGUEL
 
Criamos o Jogo das Rimas. As cartelas “amarelas” possuem uma gravura de um objeto que rima com o nome de um colega. As cartelas “laranja” possuem o nome de cada um.
Assim fomos identificando a escrita do nome, relacionando-o com uma palavra que rima. Ao jogarmos, procuramos formar os pares das cartelas. A cartela com o nome “José”, por exemplo, forma par com a cartela da gravura de um “picolé”. Nessa brincadeira realizamos uma espécie de jogo de memória, procurando formar os “pares” das cartelas.
Um outro modo de jogar, mas com o mesmo objetivo de formar os pares, é distribuir uma cartela de cada cor para cada um. O colega que inicia, escolhe uma cartela para colocar ao centro e quem tiver a que corresponde a ela, forma o par. O jogo termina quando todos os pares estiverem formados.
Outro jogo divertido é o “Jogo da Velha das Letras”. Em duplas, vamos completando a cartela com as letras escolhidas pelos participantes, tentando formar uma sequência horizontal ou vertical de letras.
As próprias crianças confeccionaram as letras do jogo, pintando-as e recortando-as. Cada um pode escolher uma delas, sendo que na primeira vez em que jogamos, cada um utilizou a sua letra. Nas outras rodadas, trocamos com os colegas, procurando conhecer a nomenclatura e grafia de cada uma delas.
O jogo Bingo dos Números auxiliou no reconhecimento da grafia destes, pois muitas vezes não sabemos de que número se trata, confundindo-o com alguma letra.
Cada um recebeu uma cartela com a grafia de alguns números. A professora distribui tampinhas sobre a mesa e chama um número. Caso esse número está na cartela, coloca-se uma tampa sobre ele. O primeiro que completar sua cartela com tampas anuncia “Bingo”, ficando em primeiro lugar. O jogo continua, até todos completarem suas cartelas.
Quanto mais jogamos, mais nos familiarizamos com a grafia dos números, aprendendo a reconhecê-los de uma forma divertida.
O jogo matemático dos ovos de páscoa nos auxiliou na quantificação dos números. Montamos um painel com coelhos e para cada um deles colamos quantidades diferentes de ovos. Utilizamos um dado com as mesmas faces de coelho do painel e ao lançá-lo, foi necessário encontrar no painel o coelho tirado no dado e verificar quantos ovos correspondiam a ele.
Cada coelho apresentava uma característica diferente: cor, pele manchada, com pintas, de óculos, de barba e até de uma orelha só. Assim que lançamos o dado, encontramos com muita facilidade o coelho no painel, difícil foi saber de cara a quantidade de ovos, o que nos levou a iniciar pequenas contagens.
Após descobrir quantos ovos correspondiam ao coelho que foi tirado no dado, contamos outros ovinhos e os colamos para registrar a quantidade que cada um tirou.
No final do trimestre, montamos uma “Caixa de Jogos” que foi enviada para casa, mediante sorteio, a fim dos pais jogarem junto com seu filho(a) os jogos aqui descritos. A criança sorteada ficou com a caixa por três dias, devolvendo-a para o sorteio de outro colega.
Na aula de música, ouvimos uma história em quadrinhos com rimas. Adoramos a ideia e criamos uma história, envolvendo o que aprendemos no projeto.

Veja como ficou:
“Carina tem o cabelo encaracolado,
Paulo tem o cabelo espetado.
Luana tem a pele morena,
Luís tem uma perna mais pequena.
Tião é um menino gordo,
Nina não gosta de comer bolo.
José tem um jeito diferente de andar,
Tina tem um jeito diferente de enxergar.
Ninguém é igual,
Ninguém é do mal.
Todo mundo é irmão,
com muito amor no coração.”

sexta-feira, 25 de março de 2011

INOVAR

"Inovar" na didática e metodologia do ensino é algo que sempre se fez. Ao longo da história, muito já se inovou: inserção de gravuras nos livros, mimeógrafo, xerox, retroprojetor, vídeos, cds, informática, etc. Tudo foi criado para auxiliar e inovar as metodologias. Porém o desafio da verdadeira inovação consiste na forma como o professor vai  conduzir o trabalho. De nada servirá o uso da tecnologia se ela não for aliada a construção da criticidade, da reflexão, do pensamento, da descoberta, do conhecimento nos educandos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A Educação Frente as Novas Tecnologias

As escolas deveriam fazer uso da tecnologia e incorporá-la em seu trabalho, não se tratando de preencher as salas de computadores, mas de aproveitar que seus alunos estão “online” e obter ganhos pedagógicos. O mundo evoluiu, a tecnologia está cada vez mais avançada, os estudantes estão imersos na era da Web (e-mails, chats, blogs, sites de relacionamento). E as escolas? Quais as metodologias adotadas dentro desse contexto? 

domingo, 20 de março de 2011

Profes do Século XXI: A Metodologia de Ensino e as Tecnologias

A Metodologia de ensino a ser adotada para a construção do conhecimento não deve mais ser a tradicional relação de "professor ensina e aluno aprende", mas deve abranger um ambiente de troca de ideias com todos os colegas da turma, oportunizando que cada um escolha um tema de seu interesse e conheça as mais variadas opiniões sobre ele. Dentro deste ambiente de troca de ideias, devem ocorrer constantes questionamentos baseados em leituras científicas, ou seja,  o professor deve levar o aluno a pesquisar sobre o tema escolhido, criar reflexões e socializá-las com os demais para que, a partir disso, o aluno possa construir o seu conhecimento sobre o tema escolhido.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Artigo

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD

Município: Lajeado
Estado: Rio Grande do Sul
Turma: 500
Pólo: Mauá/Lajeado
Tutor(a): Karem Erbes
Semestre/Ano: A/2010


O ENSINO DAS ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL[1]
Marcela Ulsenheimer
                                                                                                       Regiane Pretto       



























RESUMO
           
Este trabalho tem por objetivo enaltecer a importância do ensino da Arte Visual na Educação Infantil. Muitas vezes, a Arte é compreendida apenas como atividade e não como disciplina, sendo resumida a desenhos, pintura e outras técnicas aplicadas de forma superficial, ocupando lugar de conteúdos e objetivos que poderiam enriquecer a aprendizagem das crianças.
A arte proporciona um desenvolvimento cultural amplo, possibilitando o pensamento artístico, criativo, inventivo, crítico e sensitivo. Apresentaremos duas formas de se trabalhar a Arte em sala de aula, através dos Projetos de Trabalho e das Oficinas de Artes que aproximam o aluno de toda a escola e se vinculam à pesquisa e à construção do verdadeiro conhecimento em Artes.

Palavras - Chave: Arte. Conhecimento. Pesquisa. Criatividade.


INTRODUÇÃO

            O estudo em Artes na Educação Infantil nos levou a perceber que esta não é compreendida como disciplina. Sentimos a necessidade de reforçar que a Arte é muito mais que uma técnica de trabalho, e sim, uma disciplina curricular, pois como prevê a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
            Um dos motivos que apresentam o ensino da Arte de forma distorcida nas escolas é a falta de reconhecimento da importância desta disciplina dentro do currículo escolar. Esta passou a ser valorizada recentemente e muitos professores não têm a dimensão exata dos conteúdos que ela abrange, e acabam deixando que as crianças desenhem apenas por desenhar.
            Sabemos que atividades de recorte, colagem, pintura e desenho são muito importantes na educação infantil e fundamentais para aprendizagens futuras. Mas somente estas não podem dar conta do universo cultural que a Arte proporciona.
            Desta forma, destacaremos o que é Arte na educação infantil, procurando entendê-la em seu sentido mais profundo. Apontaremos também alguns caminhos que podem levar ao ensino da Arte de modo a contemplar o real objetivo desta disciplina.

O QUE É ARTE?

A Arte está presente em toda a história da humanidade, nas diferentes culturas, caracterizando-se pela música, dança, teatro, escultura, estando presente nas formas e cores de obras, na poesia e no folclore.
 A Arte é um processo amplo de aprendizagem, de conhecimento, de pesquisa que vai além de um simples fazer artístico. Arte é experimentação, é verificação, é observação, é emoção, é a relação com o mundo e a sua compreensão.
Segundo Argan (1996),

 “A arte sempre se fez necessária ao homem, pois à medida que ele vai organizando o mundo à sua volta acaba por dar sentido para a vida. Por meio das percepções e interpretações, o que lhe é externo passa a ser mapeado no sistema mental, interno. Neste processo a arte é entendida como linguagem, produto da relação do homem com o mundo”.

            É por este motivo que ela se torna tão essencial na educação. Ela tem a oferecer um leque de atividades a serem desenvolvidas, desde produções artísticas, até o estudo de obras, de épocas, de artistas e de materiais diversos, relacionando-a com a realidade e o mundo das crianças.
Houve um tempo em que a Arte teve seu lugar de destaque no ensino. Mas devido às transformações sociais, a Arte “adquiriu uma conotação de luxo, estando ao alcance somente de uma elite privilegiada”. (Martins, 1998). Desta forma, foi se perdendo a dimensão do ensino de Arte para todos. Apesar de estar amparado por lei, desde 1996, ainda é recente o resgate da valorização do ensino da Arte nas escolas.
            Para tanto, é muito importante contribuirmos de forma efetiva neste resgate, atribuindo a ela o mesmo valor das demais disciplinas.

“A disciplina de Artes possibilita também uma compreensão mais significativa das questões sociais. Portanto, o professor como mediador entre os conteúdos de Artes e o aluno, promove um encontro significativo. O conhecimento em Artes possibilita ao aluno reconhecer as diversidades, construir uma autoimagem positiva, a se integrar com o grupo, pois a maioria das propostas artísticas é desenvolvida em grupos, proporcionando, desta forma, a construção da autonomia”. (CAVA, 2009).

            Esclarecida a finalidade dos estudos na disciplina de Arte, não podemos deixar que ela se resuma à execução de técnicas soltas e sem sentido. O professor precisa trabalhar todos os conteúdos que ela abrange para tornar a aprendizagem das crianças muito mais rica e prazerosa.
            Como poderemos, explorar a cultura, ensinar a “ler” imagens, desenvolver a observação, estudar artistas e suas obras, fazer releituras, etc; se apenas desenhamos, colorimos e pintamos?
            Precisamos ir muito além, precisamos de profissionais preparados, pesquisadores, estudiosos, que busquem o verdadeiro sentido da disciplina de artes ao trabalhar em sala de aula. 

CAMINHOS PARA O ESTUDO DA ARTE

A Metodologia de Projeto é uma concepção que permite trabalhar a partir de pesquisa. Trata-se de atividades práticas em torno de um tema que pode surgir das crianças ou ser apresentado pelo professor, cujos conhecimentos são construídos pela própria turma. Hernandez (2000) afirma que “nem tudo pode ser ensinado mediante projetos, mas tudo pode se ensinar com um projeto”.
Um projeto de trabalho em Artes pode promover situações de aprendizagem que levam à observação, à produção, ao desenvolvimento da criatividade, à ampliação da cultura, através da leitura de imagens e de diferentes linguagens, estilos e gêneros artísticos.
Para tanto, professor e aluno buscarão conhecer diferentes artistas, suas obras, o que eles pretendiam com elas, o período artístico a que pertenceram e as técnicas utilizadas. Juntos irão observar e discutir as soluções encontradas para instrumentalizar os trabalhos.
Um projeto requer um bom planejamento por parte do professor. “As propostas devem dar espaço ao fazer artístico criador que, por sua natureza, exige liberdade e decisão para que a criança construa seu percurso individual”. (Cavalcanti, 1995).
Para que se possa realizar um bom planejamento o professor necessita se dedicar ao conhecimento artístico, não apenas estudando e pesquisando nos livros, mas visitando mostras e museus, conhecendo os produtores existentes na comunidade em que vive e oferecendo às crianças uma vasta gama de informações e possibilidades de produção em Arte.
É importante que o professor, ao desenvolver um projeto, considere os conhecimentos prévios dos alunos. Ele deve verificar qual o conhecimento que a criança possui em relação ao tema estudado, para que possa auxiliá-la nas atividades, norteando os seus caminhos.
As oficinas de Artes são atividades cujo foco está na escolha do que cada um quer produzir. Nela, os alunos compartilham o espaço, materiais e ideias, no entanto, produzem trabalhos diferentes, favorecendo o seu desenvolvimento individual. O fato de cada aluno estar envolvido em seus trabalhos não impede que ocorra a troca de ideias e sugestões entre eles.
Segundo CAVALCANTI (1995), o objetivo central das disciplinas de artes plásticas é criar condições, oferecendo instrumental e informações para que o aluno possa desenvolver um percurso próprio, enquanto produtor de Arte.
As Oficinas de Arte possibilitam um fazer artístico criador de forma livre, em que os alunos têm acesso a uma multiplicidade de materiais plásticos e podem decidir o que e como realizar os seus trabalhos.
Através das oficinas, os alunos ficarão familiarizados com uma larga faixa de materiais, ferramentas, equipamentos e técnicas. Estudarão sobre tradições e artesãos, materiais e atitudes de artistas em seus trabalhos.
Ao trabalhar na oficina, o aluno passa por dois momentos: o primeiro é mais centralizado pelo professor e se trata da apresentação e apreciação das obras. É um momento de instrução.
O segundo momento é o do fazer, onde o aluno trabalha na construção de um percurso criativo próprio.

CONCLUSÃO

O trabalho de pesquisa teve como tema a valorização do ensino da Arte na educação infantil. Esta escolha se deu pelas observações e constatações feitas durante os estágios realizados, as quais foram despertadas pelo estudo da disciplina neste curso de pedagogia, que nos fez enxergar a necessidade de compreender a arte como disciplina curricular obrigatória, prevista na LDB de 1996, e como tal ser reconhecida e respeitada.
            Percebeu-se que ainda há uma postura conformista por parte de alguns professores, que aplicam a arte como técnica de trabalho ou como conteúdo, de forma isolada ou estanque. Esta não é uma crítica, e sim fruto de uma cultura engessada de que outras disciplinas eram mais importantes.
            Quebrar alguns paradigmas nem sempre é fácil, porém não é impossível. O professor não precisa ser graduado no ensino da arte e nem seus alunos serem elitizados, basta que tenha predisposição para ousar, ir além de preceitos estabelecidos, pesquisar e construir junto aos seus alunos, o conhecimento que se deseja ou lhe desperta interesse.
            A arte na educação infantil é muito importante, pois a faixa etária em que as crianças se encontram está muito ligada ao lúdico, a imaginação, a espontaneidade, a curiosidade e a ousadia, que são relevantes para se atribuir significados e resignificar, mediante o que lhe é proporcionado.
            A arte está muito mais ligada à história da sociedade a qual muitas vezes, não nos permitimos perceber. Arte “é sempre produto de uma cultura e de um determinado período histórico. Nela se expressam os sentimentos de um povo com relação ás questões humanas, como são interpretadas e vividas em seu ambiente e sua época. Através da arte temos acesso a essa dimensão da vida cultural não explicitamente formulada, mas demais construções racionais”. (Duarte Jr. 1981, p.14).
             A escola é por “excelência” o “espaço” e o “tempo” de aprender, mas não é a única responsável, é um dos segmentos da sociedade.
            É importante que se tenha o cuidado de não direcionar os trabalhos com o intuito de transformar as crianças em artistas e capazes de reproduzir réplicas. O estudo da arte no período escolar é para seu conhecimento e desenvolvimento integral. Toda a produção artística da criança é seu modo de expressar-se, portanto deve haver um cuidado quanto à interferência do professor.
            As habilidades e os talentos das crianças são ao mais diversos e em várias áreas do conhecimento. As crianças são um todo complexo e único e como tal têm que ser respeitadas sempre.
BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI, Zélia.  Arte na Sala de Aula. Porto Alegre: Artmed, 1995.

CAVA, Laura Célia Cabral. O Ensino das Artes nos Anos Iniciais. São Paulo, 2009.

IAVELBERG, Rosa. O Desenho Cultivado da Criança. Prática e Formação de Professores. Porto Alegre: Zouk, 2006.

MARTINS, Miriam Celeste. Didática do Ensino da Arte. Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

SCHLICHTA, Consuelo Alcioni Borba Duarte; TAVARES, Isis Moura. Artes Visuais e Música. Curitiba: Iesde Brasil, 2006.




[1] Artigo apresentado na Disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura - EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.